21 de nov. de 2011

Período de Acusações

Todos nós passamos por períodos de acusações manobrados pelo Diabo naqueles que aceitam suas manobras. Passei por dois essa semana.

No primeiro caso o ciclista do mercado próximo de minha casa veio trazer compras, fui olhar a bicicleta dele que estava na rua, logo vi vários vizinhos na rua e entendi desnecessário tomar conta da bicicleta. Quando retorno, com o portão aberto, vejo minha bomba de encher pneu de bicicleta colocada em posição que a danificaria, retiro dali e coloco no cesto da minha bicicleta e logo ouço uma voz vinda da rua dizer "Que negócio estranho". Era um homem fofoqueiro pensando que subtraí algo do entregador. O fofoqueiro ficou esperando até que o entregador saísse para falar com ele. Fiquei tranquilo pois o entregador nos conhece bem e não cairia na conversa do fofoqueiro.


No outro caso fui a uma papelaria do bairro onde compro material de desenho com frequência e logo ouvi a filha da dona do estabelecimento mandar enfaticamente a mãe não me deixar a vontade. A mãe respondeu mandando que se acalmasse, e ficou quieta. Quando fui pagar a conta, aquela senhora fez uma encenação para dar o troco de modo que a contagem do dinheiro foi feita vagarosamente, contando cada nota, e apresentando uma a uma acima de sua cabeça. No mínimo me chamava de ladrão ou trapaceiro, tudo porque sua filha adolescente fez uma alegação. Às vezes adolescentes tem impressões erradas das coisas, e eles erram muito pela inesperiência, não cabe ao pai consciente fazer esse tipo de encenação para constranger outra pessoa. Seria mais bonito e ético se tal senhora conversasse comigo sobre o assunto para esclarece-lo, com civilidade, sem o constrangimento injusto que foi feito. Enfim, para que um cristão, devidamente empregado, defraudaria uma papelaria que vende material de baixa qualidade em sua própria vizinhança e quase ao lado de sua igreja? Só posso deixar de comprar nesse lugar, aliás o movimento deles tem diminuído por esse tipo de "filosofia da desconfiança", chegaram a mudar a arrumação da loja transformando-a em um curral. Entretanto, oremos por ela.

Cito esses dois exemplos pessoais para mostrar que, por mais que você ande corretamente, o Diabo e seus seguidores tentarão enreda-lo pela aparência do mal. Por isso, o apóstolo Paulo nos adverte "Abstende-vos de toda a aparência do mal" 1 Tessalonicenses 5:22, a mera aparência pode se tornar uma afirmação categórica para os que tem o coração malicioso. Note que nos dois casos não procurei a aparência do mal, mas que o Diabo provocou essa aparência no coração de seus servos.

Isso nos leva a uma conclusão importante: abster-se da aparência do mal não depende meramente de nós, pois há situações que não controlamos, especialmente a cabeça e preconceitos das pessoas contra os cristãos. Precisamos orar para que Deus nos ajude a abster dessa aparência, sozinhos somos incapazes. Penso que é esse o sentido da oração do Pai Nosso quando Jesus nos ensina a orar dizendo "... e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal" (Lucas 11:4b), ora Deus não impede que caiamos em tentação que desejamos pois essa escolha é nossa, mas se orarmos pedindo ele nos livrará das tentações encenadas pelo Diabo para envergonhar o nome de Cristo. Estou precisando orar mais nesse sentido,  todos nós precisamos orar assim.

Que Deus nos abençoe livrando-nos do teatro de Satanás que, não podendo nos envolver em sua mundanidade, tenta fazer com que pareçamos incoerentes com a fé aos olhos dos ímpios. Essa estratégia de Satanás acontece para que o cristão fique desacreditado e não consiga levar a Palavra a outras pessoas. Quanto ao fofoqueiro que passou na rua, é só um fofoqueiro que passou. Quanto à comerciante, tentarei conversar com ela e dizer como fui constrangido e que não tenho motivos para defraudar-lhe. Que Deus nos abençoe na solução de problemas desse tipo em nosso viver cristão.

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